A neurofisiologia é uma ramo extremamente especializado da medicina, lidando diretamente com o entendimento e análise dos sistemas nervoso central e periférico. Um neurofisiologista é um profissional de saúde que combina um conhecimento abrangente em anatomia e fisiologia neurológica para avaliar e interpretar as complexas atividades elétricas do cérebro e dos nervos.
Eles frequentemente utilizam ferramentas de diagnóstico como o eletroencefalograma (EEG), eletroneuromiografia (ENMG), e potenciais evocados para identificar disfunções e colaborar no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com distúrbios neurológicos. A expertise do neurofisiologista é crucial em um amplo espectro de situações clínicas, do atendimento de emergência à gestão de condições crônicas.
O que faz um Neurofisiologista?
Um neurofisiologista é um profissional de saúde especializado no estudo e na análise das funções do sistema nervoso central e periférico, incluindo o cérebro e a medula espinhal, assim como os nervos que percorrem todo o corpo. Em Portugal, os neurofisiologistas desempenham um papel vital no diagnóstico e monitoramento de uma variedade de condições neurológicas.
As principais responsabilidades de um neurofisiologista incluem:
- Realização de exames neurofisiológicos: Estes testes são fundamentais para avaliar o estado funcional de diferentes partes do sistema nervoso. Exemplos incluem eletroencefalograma (EEG), que registra a atividade elétrica do cérebro, e eletromiografia (EMG), que avalia a saúde dos músculos e os nervos que os controlam.
- Interpretação de resultados: Após a realização dos exames, o neurofisiologista analisa e interpreta os dados obtidos para fornecer um diagnóstico preciso ou para indicar a necessidade de testes adicionais ou tratamentos especializados.
- Diagnóstico de distúrbios neurológicos: O conhecimento e a expertise do neurofisiologista são essenciais no diagnóstico de condições como epilepsia, doenças neuromusculares, distúrbios do sono, esclerose múltipla, demências, entre outros.
- Monitoramento de tratamentos: Em certos casos, o neurofisiologista acompanha a evolução do paciente durante tratamentos para doenças neurológicas, a fim de avaliar a eficácia das terapias em uso e fazer ajustes conforme necessário.
- Investigação e ensino: Muitos neurofisiologistas também estão envolvidos em atividades de investigação e ensino, contribuindo para o avanço da medicina neurofisiológica e a formação de novos profissionais na área.
A profissão de neurofisiologista em Portugal é crucial para a assistência médica especializada, aprimorando a compreensão das doenças neurológicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes através de diagnósticos precisos e acompanhamento especializado.
Quais são as responsabilidades dessa profissão?
O neurofisiologista é um médico especialista responsável por estudar e interpretar o funcionamento do sistema nervoso central e periférico. Em Portugal, como em muitos outros países, esta função é crucial para diagnosticar e avaliar doenças neurológicas, e a profissão envolve uma série de responsabilidades importantes, das quais algumas das principais são:
- Realizar exames: Os neurofisiologistas são aptos para conduzir uma série de exames diagnósticos como eletroencefalogramas (EEG), potenciais evocados, eletromiogramas (EMG), e estudos do sono, que ajudam a identificar disfunções neurológicas.
- Analisar os resultados: A interpretação dos resultados de exames neurofisiológicos é uma das principais responsabilidades. Eles devem avaliar as informações coletadas para entender a natureza e a gravidade das condições neurológicas dos pacientes.
- Consulta e seguimento clínico: Estabelecer planos de tratamento e acompanhar o progresso dos pacientes são partes essenciais da rotina de um neurofisiologista. Eles trabalham em estreita colaboração com neurologistas e outros médicos, fornecendo insights valiosos para a gestão da saúde dos pacientes.
- Pesquisa e Desenvolvimento: Muitos neurofisiologistas estão envolvidos em pesquisa, contribuindo para o avanço do conhecimento na área das neurociências. Eles podem trabalhar em estudos clínicos, desenvolver novas tecnologias de diagnóstico ou contribuir para a expansão da base de evidências em tratamentos.
- Educação e Formação: Uma parte dos neurofisiologistas dedica-se à formação de outros profissionais de saúde, seja em ambiente universitário ou em formação contínua. Eles estão frequentemente envolvidos na educação de médicos residentes, estudantes de medicina e profissionais de áreas relacionadas.
- Trabalho multidisciplinar: Colaboração com outros profissionais de saúde é chave. Um neurofisiologista frequentemente trabalha com uma equipe multidisciplinar para otimizar o diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos.
O neurofisiologista desempenha um papel vital no diagnóstico e tratamento de condições do sistema nervoso, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por distúrbios neurológicos.
Quais habilidades são necessárias para ser bem-sucedido nessa área?
Para ser bem-sucedido como neurofisiologista em Portugal, existe uma série de habilidades e competências fundamentais que são essenciais na prática desta profissão. Seguem-se algumas das mais importantes:
- Formação Especializada: Os neurofisiologistas devem possuir formação superior em Medicina, seguida de uma especialização em Neurofisiologia. Isto requer uma compreensão aprofundada do sistema nervoso e das técnicas para diagnosticar e tratar distúrbios neurológicos.
- Atenção aos Detalhes: O diagnóstico e interpretação de testes neurofisiológicos, como EEG (eletroencefalograma), EMG (eletromiografia) e potenciais evocados, exigem uma atenção meticulosa aos detalhes para identificar anomalias e padrões específicos.
- Habilidades Analíticas: A capacidade de analisar e sintetizar informações complexas é crucial para entender os resultados dos exames e planejar o tratamento apropriado.
- Competências Técnicas: O manejo de tecnologias avançadas e a realização de procedimentos neurofisiológicos precisos são habilidades essenciais nesta área.
- Capacidade de Comunicação: Explicar achados técnicos de maneira compreensível para pacientes e outros profissionais de saúde é fundamental. A empatia e a habilidade de ouvir também são importantes para o atendimento ao paciente.
- Gestão do Tempo e Priorização: Os neurofisiologistas geralmente têm uma carga de trabalho significativa, por isso é essencial saber priorizar tarefas e gerenciar eficientemente o tempo.
- Atualização Contínua: Como a medicina está sempre avançando, é imprescindível que o profissional se mantenha atualizado com as últimas pesquisas e avanços tecnológicos em Neurofisiologia.
- Trabalho em Equipe: Embora muitas vezes trabalhem de forma independente, os neurofisiologistas também precisam colaborar com outros profissionais de saúde, como neurologistas, psicólogos e fisioterapeutas, para fornecer cuidados abrangentes aos pacientes.
- Resiliência e Adaptação: Devido à natureza por vezes exigente do trabalho, ter a capacidade de lidar com situações estressantes e adaptar-se a ambientes dinâmicos é vital.
- Ética Profissional e Confidencialidade: Adotar um código de ética rigoroso e garantir a confidencialidade das informações dos pacientes é obrigatório em qualquer contexto clínico.
Com essas habilidades, um neurofisiologista em Portugal pode estabelecer uma carreira de sucesso, contribuindo para o diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao sistema nervoso e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Qual é a média salarial nesse campo?
Em Portugal, a profissão de neurofisiologista ainda é uma área relativamente especializada e menos conhecida entre as profissões médicas.
Um neurofisiologista é um especialista que se dedica ao estudo do funcionamento do sistema nervoso, abrangendo tanto investigação básica como aplicada, bem como o diagnóstico e avaliação de patologias relacionadas com o sistema nervoso central e periférico.
A média salarial de um neurofisiologista em Portugal pode variar consideravelmente e é influenciada por diversos fatores, como a experiência do profissional, o setor onde trabalha (público ou privado) e a sua localização geográfica. No entanto, tomando como referência dados do mercado laboral e das tabelas salariais do Serviço Nacional de Saúde, podemos estimar o seguinte:
- Neurofisiologistas em início de carreira: normalmente, começam com um salário que pode rondar os 1.200 a 1.800 euros líquidos por mês. Está entendido que esta faixa corresponderia a um técnico recém-licenciado que inicia funções num hospital ou clínica.
- Neurofisiologistas com alguma experiência: após alguns anos de experiência, o salário pode aumentar, podendo situar-se entre os 2.000 e 3.000 euros líquidos mensais. Este aumento é justificado pela acumulação de perícia prática e pelo reconhecimento de competências especializadas.
- Neurofisiologistas altamente experientes e qualificados: em situações de grande experiência e qualificações adicionais, tais como doutoramento ou cargos de gestão e supervisão, os salários podem ultrapassar os 3.500 euros líquidos mensais.
É importante salientar que estes números são meramente indicativos e podem variar dependendo das circunstâncias. Além disso, é comum que profissionais com uma forte componente de investigação ou que desempenhem funções em instituições de renome tenham remunerações diferenciadas. Para uma informação mais precisa, é aconselhável que se consultem fontes oficiais como o Instituto Nacional de Estatística ou sejam avaliadas ofertas de emprego atualizadas.
Outro ponto a considerar é que o campo da neurofisiologia é dinâmico e pode oferecer oportunidades em projetos de pesquisa que, embora muitas vezes sejam temporários, podem ter remunerações competitivas. Ademais, a progressão na carreira e a especialização contínua são fatores críticos para um crescimento salarial sustentado neste campo.
Que tipo de formação ou educação é necessária para ingressar nessa carreira?
Para perseguir uma carreira como neurofisiologista em Portugal, é essencial ter uma formação robusta e especializada na área das neurociências e fisiologia. A trajetória educacional tipicamente envolve:
- Licenciatura em Ciências da Vida ou áreas afins: Normalmente, o primeiro passo é a conclusão de uma licenciatura em áreas como Biologia, Bioquímica ou outras ciências relacionadas com a saúde. Durante este período, é importante ter um enfoque em disciplinas que se relacionem com o sistema nervoso e a sua funcionalidade.
- Mestrado específico: Após a licenciatura, é recomendável inscrever-se em um mestrado específico na área da Neurociência ou Neurofisiologia. Isto permitirá ganhar conhecimentos mais aprofundados e especializados no estudo do sistema nervoso, tanto em termos de investigação básica como aplicada. Um mestrado também pode abrir portas para oportunidades de investigação e desenvolvimento em laboratórios e instituições de ensino.
- Doutoramento: Para aqueles que desejam envolver-se ainda mais profundamente em pesquisa ou ambicionam uma carreira académica, a realização de um doutoramento em Neurociências ou campos relacionados é fundamental. Este nível de educação proporciona competências avançadas em pesquisa científica, bem como em metodologias de ensino superior.
- Formação contínua e especialização: A neurofisiologia é uma área que está em constante evolução. Portanto, a formação contínua através de cursos, seminários e conferências é crucial para manter-se atualizado com os últimos desenvolvimentos e técnicas na área. Muitos profissionais optam também por especializações pós-universitárias, que podem incluir formações em técnicas de diagnóstico específicas como eletroencefalograma (EEG) ou potenciais evocados.
- Estágios e experiência prática: A experiência prática é indispensável na neurofisiologia. Os estágios profissionais, sejam integrados nos cursos académicos ou realizados autonomamente, oferecem a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos em contextos reais. Esses estágios são frequentemente realizados em hospitais, centros de investigação ou clínicas especializadas.
Importa referir que, em Portugal, a regulamentação do exercício profissional em saúde requer, muitas vezes, a inscrição em ordens profissionais correspondentes.
Para exercer como neurofisiologista, pode ser necessária a inscrição na Ordem dos Médicos ou na Ordem dos Biólogos, conforme a formação de base do profissional e o contexto específico de trabalho. Além disso, a legislação pode sofrer alterações, sendo importante manter-se informado sobre os requisitos legais para a prática profissional.
Quais são os principais desafios enfrentados por profissionais nesse setor?
Os neurofisiologistas são profissionais da saúde especializados em compreender e diagnosticar distúrbios do sistema nervoso através do uso de diversos exames e técnicas de monitoramento.
Em Portugal, como em muitos outros países, estes especialistas lidam com uma série de desafios diários, alguns dos quais são particularmente relevantes na sua prática profissional. Entre os principais desafios enfrentados por neurofisiologistas, podemos destacar:
- Manutenção do Conhecimento Atualizado: A neurociência é um campo em rápida evolução. Mantendo-se atualizado com as últimas pesquisas, tratamentos e tecnologias aplicadas à neurofisiologia, torna-se um desafio constante, exigindo dedicação contínua à educação e formação profissional.
- Integração de Novas Tecnologias: A neurofisiologia é altamente dependente de tecnologias avançadas para diagnósticos e pesquisa. Portanto, integrar novos equipamentos e softwares no trabalho diário, bem como garantir a sua manutenção e atualização, pode ser complexo e custoso.
- Financiamento e Recursos: A obtenção de financiamento e recursos para pesquisa pode ser um desafio. Além disso, a aquisição de novos equipamentos e a manutenção dos já existentes dependem frequentemente da disponibilidade de fundos, que pode ser limitada em certos contextos ou períodos.
- Demandas de Tempo e Pressão: O volume de trabalho pode ser alto e a pressão para realizar diagnósticos precisos de maneira rápida pode levar a um ambiente de trabalho estressante. Isso requer gestão eficaz do tempo e habilidades para lidar com o stress.
- Complexidade dos Casos Clínicos: O sistema nervoso humano é extremamente complexo, e os distúrbios que o afetam podem ser difíceis de diagnosticar e tratar. Isto significa que os neurofisiologistas devem estar preparados para lidar com casos clínicos desafiadores e muitas vezes únicos.
- Cumprimento de Normas e Regulações: A prática médica em Portugal está sujeita a rigorosas normativas legais e éticas. Os neurofisiologistas devem sempre assegurar o cumprimento destas normas, o que inclui a proteção de dados dos pacientes e a garantia de procedimentos de consentimento adequados.
- Comunicação com Pacientes e Colaboração Interdisciplinar: Estabelecer uma comunicação eficaz com os pacientes, que muitas vezes estão a passar por períodos de grande ansiedade ou stress devido a problemas neurológicos, e colaborar com outros profissionais da saúde num ambiente interdisciplinar são aspectos cruciais que podem representar desafios significativos.
- Desenvolvimento Profissional Contínuo: Além das demandas clínicas e de pesquisa, os neurofisiologistas precisam investir tempo em sua própria formação contínua e progressão de carreira, o que pode ser um esforço adicional significativo.
Todos estes desafios requerem que o neurofisiologista não apenas possua sólidos conhecimentos técnicos e científicos, mas também capacidades interpessoais e profissionais que permitam a adaptação e superação constante em seu campo de atuação.
Quais são as diferentes especializações ou áreas de atuação dentro dessa profissão?
Neurofisiologistas são profissionais da saúde especializados em avaliar o funcionamento do sistema nervoso. Dentro desta profissão, é possível encontrar diversas especializações ou áreas de atuação, adaptadas às subdivisões do sistema nervoso e a patologias específicas.
Em Portugal, um neurofisiologista pode desenvolver a sua carreira em vários contextos distintos. Algumas das especializações mais comuns incluem:
- Electroencefalografia (EEG): Esta área especializa-se no estudo da atividade elétrica cerebral. O EEG é crucial no diagnóstico e acompanhamento de condições como epilepsia, distúrbios do sono, encefalopatias e na monitorização intraoperatória durante cirurgias cerebrais.
- Polissonografia: Especialistas nesta área concentram-se no estudo dos padrões de sono e são responsáveis por diagnosticar distúrbios como apneia do sono, narcolepsia e insónia. A polissonografia é uma avaliação compreensiva que mede várias variáveis fisiológicas durante o sono.
- Potenciais Evocados: Esta especialização foca-se na medição da resposta do cérebro a estímulos visuais, auditivos ou sensoriais. É frequentemente utilizada para avaliar a função do sistema nervoso em doenças como esclerose múltipla e doenças desmielinizantes.
- Electromiografia e Estudos de Condução Nervosa (EMG/ECN): Os neurofisiologistas que trabalham com EMG e ECN examinam a função dos músculos e nervos periféricos. Estas técnicas são importantes no diagnóstico de condições como neuropatias, miopatias e doenças do neurónio motor.
- Neurofisiologia Intraoperatória: Nesta área, o neurofisiologista desempenha um papel crítico durante procedimentos cirúrgicos, monitorizando a função neurológica para prevenir danos ao sistema nervoso.
- Investigação Clínica e Básica: Além do trabalho clínico, muitos neurofisiologistas estão envolvidos em pesquisa. Eles podem estudar a base fisiológica de distúrbios neurológicos ou desenvolver novos métodos diagnósticos ou terapêuticos.
- Ensino e Formação: Especialistas com experiência podem dedicar-se à formação de novos profissionais, ensinando em universidades ou em programas de formação clínica especializada.
Cada uma destas subespecializações requer formação e certificação adicional, muitas vezes através de cursos de especialização e estágios em hospitais reconhecidos. Em Portugal, a formação em neurofisiologia é rigorosa e está em conformidade com as diretrizes europeias para a prática da especialidade.
Como é o ambiente de trabalho típico para essa carreira?
O neurofisiologista é um profissional especializado no estudo do sistema nervoso, mais especificamente na análise do funcionamento do cérebro e do sistema nervoso periférico, com o objetivo de diagnosticar e tratar doenças neurológicas.
Em Portugal, esta profissão pode ser exercida em diferentes contextos, que tendem a variar dependendo da especialidade e do local de trabalho do neurofisiologista.
Hospitais Públicos e Privados
A maioria dos neurofisiologistas trabalha em hospitais, tanto no setor público, integrados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quanto em instituições privadas. Nestes ambientes, o neurofisiologista atua em:
- Unidades de Neurofisiologia, onde realizam exames como eletroencefalograma (EEG), eletroneuromiografia (ENMG), potenciais evocados, entre outros;
- Salas de monitorização contínua, que são particularmente importantes em unidades de cuidados intensivos neurológicos ou para pacientes com epilepsia;
- Departamentos de neurologia e neurocirurgia, colaborando no diagnóstico pré-cirúrgico e no monitoramento intraoperatório;
- Apoio ao diagnóstico e acompanhamento de distúrbios do sono em unidades de sono especializadas.
Clínicas e Centros de Diagnóstico
Outros profissionais podem trabalhar em clínicas especializadas ou centros de diagnóstico, abordando sobretudo a realização de exames de neurofisiologia solicitados por médicos de outras especialidades.
- Consultórios privados, efetuando avaliações neurofisiológicas a pedido de neurologistas, psiquiatras, ortopedistas e outros profissionais de saúde;
- Clínicas de reabilitação, onde colaboram estreitamente com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no tratamento de pacientes com deficiência neurológica;
- Clinicas de sono, concentrando-se no diagnóstico de perturbações do sono, como apneia do sono e insónia.
Institutos de Investigação e Academia
Alguns neurofisiologistas seguem uma carreira académica ou de investigação científica, trabalhando em:
- Institutos e centros de investigação, realizando estudos avançados sobre o cérebro e o sistema nervoso;
- Universidades, ensinando futuros profissionais e conduzindo projetos de pesquisa em neurofisiologia.
Empresas de Tecnologia Médica
Existe também a possibilidade de trabalho em empresas de tecnologia médica que desenvolvem equipamentos para o campo da neurofisiologia.
- Desenvolvimento de novos dispositivos e softwares destinados à prática clínica e ao diagnóstico de doenças neurológicas;
- Formação técnica e suporte a clientes que compram e utilizam equipamentos de neurofisiologia.
O neurofisiologista em Portugal pode ter um ambiente de trabalho diversificado, que depende da área de especialização, das preferências individuais e do contexto do mercado de trabalho. Esta é uma profissão que exige conhecimento técnico detalhado, habilidades analíticas agudas e a capacidade de trabalhar em equipe com outros profissionais de saúde.
Que conselhos você daria para alguém que está considerando seguir essa profissão?
A profissão de neurofisiologista é tanto fascinante quanto desafiadora, e como tal, requer uma preparação dedicada e uma paixão genuína pela ciência do sistema nervoso. Se está considerando seguir essa carreira em Portugal, aqui estão alguns conselhos importantes para ajudá-lo a entrar neste campo com o pé direito:
- Educação sólida: Uma base académica em ciências da vida, como Biologia ou Psicologia, é crucial. Pode-se então especializar-se em Neurociências ou Neurofisiologia através de mestrados e doutoramentos.
- Conhecimento técnico: A neurofisiologia é uma área que se apoia fortemente em tecnologias avançadas como EEG, EMG, e outras técnicas de mapeamento cerebral. Fortalecer seu entendimento dessas tecnologias será essencial.
- Habilidades práticas: Experimentar oportunidades de estágio ou de trabalho voluntário em laboratórios ou hospitais pode proporcionar uma experiência valiosa e habilidades práticas no manuseio de equipamentos especializados.
- Desenvolvimento contínuo: Como em qualquer campo da medicina e da ciência, a aprendizagem contínua é fundamental. Esteja preparado para atualizar-se constantemente com os últimos avanços na área.
- Foco na pesquisa: Se a pesquisa é algo que lhe interessa particularmente, procurar um orientador ou um grupo de pesquisa com boas publicações na área de Neurofisiologia pode ser de grande ajuda para conduzir pesquisas significativas e estabelecer uma carreira académica.
- Networking profissional: Juntar-se a organizações profissionais e participar de conferências pode ajudar a construir uma rede de contatos, essencial para avançar na carreira e se manter informado sobre novas oportunidades e desenvolvimentos.
- Flexibilidade e resiliência: É uma profissão que pode incluir horários irregulares e, em algumas instâncias, situações de pressão. A habilidade de adaptar-se e manter a resiliência é um ativo valioso.
- Competências linguísticas: Embora a carreira possa ser exercida em Portugal, ter um bom domínio do inglês é essencial para compreender a literatura científica internacional e colaborar com colegas de outros países.
- Conscientização sobre a ética: Como neurofisiologista, você lidará frequentemente com questões éticas relacionadas à pesquisa e tratamento clínico. Ter uma forte compreensão das diretrizes éticas é imperativo.
Se estiver genuinamente apaixonado pelo cérebro humano e pelo sistema nervoso, e está em busca de uma carreira que lhe permita contribuir para a saúde e o bem-estar das pessoas, bem como avançar o conhecimento científico, a neurofisiologia pode ser a escolha ideal para você. Prepare-se para um caminho cheio de aprendizado, descobertas e desafios gratificantes.
Perspectivas e Ofertas de emprego na área de Neurofisiologista
A profissão de neurofisiologista em Portugal é uma área altamente especializada que lida com o estudo do sistema nervoso e a interpretação dos seus aspetos elétricos. Os neurofisiologistas desempenham um papel essencial no diagnóstico e monitoramento de doenças neurológicas, trabalhando frequentemente em hospitais, clínicas especializadas e centros de investigação.
O mercado de trabalho para neurofisiologistas em Portugal tem crescido, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pela necessidade de diagnósticos cada vez mais precisos das condições neurológicas. Embora seja uma profissão de nicho, as oportunidades de emprego são significativas para profissionais qualificados.
As ofertas de emprego para neurofisiologistas podem variar, mas habitualmente incluem:
- Colaboração com equipas médicas em hospitais
- Trabalho em clínicas neurológicas especializadas
- Participação em investigações clinicas e académicas
- Companhias farmacêuticas e empresas de tecnologia biomédica
- Instituições públicas ligadas à saúde e ao ensino
Além disso, a crescente sensibilização para as doenças neurológicas e os constantes avanços nas neurociências ampliam o campo de atuação destes profissionais, trazendo novas oportunidades para a carreira na neurofisiologia. A procura por especialistas está associada também à utilização de equipamentos sofisticados de monitorização e diagnóstico, que exigem conhecimento técnico específico para a sua operação e interpretação de resultados.
Os interessados em seguir esta carreira devem apostar na formação contínua e especialização, uma vez que o campo da neurofisiologia está em constante evolução. Capacitações complementares em áreas como neurologia, eletroencefalografia (EEG), polissonografia, potenciais evocados, entre outras, são altamente valorizadas no mercado de trabalho.
Órgãos profissionais e científicos, tais como a Ordem dos Médicos ou a Sociedade Portuguesa de Neurofisiologia, oferecem recursos e informações sobre a profissão, bem como oportunidades de emprego e formações que podem auxiliar na progressão da carreira dos neurofisiologistas em Portugal.
Para aqueles que buscam ingressar neste campo, é recomendável manter um networking ativo com profissionais e instituições da área, bem como estar atento às ofertas de emprego e aos projetos de pesquisa em desenvolvimento, muitos dos quais poderão oferecer oportunidades de emprego e desenvolvimento profissional.