Antropólogo: Conhece esta profissão

A antropologia é uma disciplina fascinante que se dedica ao estudo da humanidade em todas as suas dimensões. Um antropólogo é um profissional que se debruça sobre a compreensão dos aspectos biológicos, sociais e culturais dos seres humanos, abrangendo desde as sociedades antigas até as contemporâneas. Investigam como as pessoas vivem, pensam e interagem em diferentes contextos ao redor do mundo.

Os antropólogos empregam uma variedade de métodos, incluindo trabalho de campo etnográfico, análises arqueológicas, estudos linguísticos e pesquisas biológicas, para explorar os padrões e processos que caracterizam as culturas humanas. Através do seu trabalho, buscam romper com preconceitos e ampliar o entendimento sobre a diversidade cultural e a complexidade das sociedades.

O que faz um Antropólogo?

Um Antropólogo é um profissional dedicado ao estudo da humanidade, nas suas mais diversas facetas. Em Portugal, como em outros países, um antropólogo pode trabalhar em diferentes áreas, todas elas relacionadas com a compreensão das culturas, dos comportamentos sociais e das organizações humanas, tanto atuais como do passado.

Entre as funções principais deste profissional, podemos destacar:

  • Investigação Cultural: Os antropólogos estudam as culturas e as sociedades, analisando as tradições, rituais, crenças e estruturas sociais. Em Portugal, um foco comum pode ser o estudo das comunidades locais e da diversidade cultural do país.
  • Arqueologia: Alguns antropólogos trabalham em projetos de arqueologia, onde interpretam vestígios e artefactos para compreender sociedades humanas passadas. Portugal, com a sua rica história, oferece amplos campos de pesquisa para antropólogos arqueólogos.
  • Análise de Políticas Públicas: Este profissional pode também utilizar os seus conhecimentos para analisar e influenciar políticas públicas, contribuindo para a integração de comunidades e para a elaboração de estratégias sociais inclusivas.
  • Educação e Ensino: O ensino é uma das saídas profissionais, sendo os antropólogos frequentemente encontrados em universidades e instituições de ensino, onde ensinam e orientam futuros profissionais da área.
  • Consultoria Cultural: Em empresas, os antropólogos podem atuar como consultores culturais, ajudando a navegar e compreender a diversidade cultural no contexto de negócios globais ou locais.
  • Trabalho com ONGs e Organizações Internacionais: Utilizando os seus conhecimentos, os antropólogos colaboram com ONGs e organizações internacionais em questões como desenvolvimento sustentável, direitos humanos, e ajuda humanitária.
  • Análise de Dados Qualitativos: Graças à sua formação, os antropólogos são especialistas em recolher e analisar dados qualitativos, o que os torna valiosos em investigações de mercado, estudos de consumo e pesquisa social.

Um antropólogo em Portugal é um profissional versátil, que emprega uma compreensão aprofundada do comportamento humano e das estruturas sociais para desempenhar um papel vital tanto no meio académico como no setor privado ou na administração pública.

A sua capacidade de interpretar o passado e o presente é fundamental para propor soluções para os desafios do futuro relacionados com a convivência e a interação das diferentes culturas e comunidades.

Quais são as responsabilidades dessa profissão?

Um antropólogo é um profissional que se dedica ao estudo da humanidade em todos os seus aspectos. Em Portugal, as responsabilidades de um antropólogo podem ser bastante diversificadas, abrangendo desde a investigação académica até à aplicação prática dos conhecimentos antropológicos em diferentes contextos sociais, culturais e organizacionais.

As principais responsabilidades incluem:

  • Investigação Académica: Desenvolver e executar projetos de pesquisa focados em culturas específicas, práticas sociais, linguagem ou interações humanas ao longo do tempo e espaço.
  • Análise Cultural: Interpretar normas culturais, crenças, valores e práticas para compreender a diversidade das sociedades humanas e sua evolução.
  • Etnografia: Realizar trabalho de campo, que pode incluir viver dentro de comunidades para estudar seus costumes e comportamentos de forma imersiva.
  • Ensino e Educação: Partilhar conhecimentos através do ensino em instituições de educação superior ou outros meios educativos, incluindo a elaboração de cursos e seminários.
  • Consultoria Cultural: Fornecer orientações e conselhos sobre questões culturais para organizações não-governamentais, empresas ou entidades governamentais.
  • Gestão do Património Cultural: Colaborar na preservação de locais históricos e na gestão de museus ou outras instituições dedicadas à memória cultural.
  • Mediação e Resolução de Conflitos: Utilizar conhecimentos antropológicos para facilitar o diálogo e a compreensão entre grupos com diferenças culturais.
  • Elaboração de Relatórios e Publicações: Escrever e publicar artigos, livros e relatórios que divulgam as descobertas e teorias da antropologia.
  • Advocacia e Trabalho Comunitário: Atuar em nome de comunidades ou populações, advogando pelos seus direitos e pela proteção de suas culturas.

Estas responsabilidades refletem a capacidade do antropólogo de aplicar a sua compreensão das dimensões sociais e culturais do comportamento humano para resolver problemas, comunicar de forma eficaz entre culturas e contribuir para a compreensão académica da humanidade.

Quais habilidades são necessárias para ser bem-sucedido nessa área?

Para ser um antropólogo bem-sucedido em Portugal, ou em qualquer outra parte do mundo, é necessário desenvolver um conjunto diversificado de habilidades. Estas não só permitem realizar pesquisas de campo e análises acadêmicas com competência mas também ajudam na comunicação dos resultados e aplicação prática do conhecimento antropológico.

As habilidades fundamentais incluem:

  • Capacidade Analítica: A habilidade de analisar dados culturais, sociais e biológicos de forma crítica é essencial para um antropólogo, permitindo-lhes discernir padrões e tendências dentro de grandes volumes de informação.
  • Habilidades de Pesquisa: A pesquisa é fundamental na antropologia, exigindo métodos qualitativos e quantitativos, incluindo entrevistas, inquéritos, observação participante e trabalho de campo etnográfico.
  • Adaptabilidade e Flexibilidade: Dada a natureza do trabalho de campo, muitas vezes em contextos culturalmente diversos e por vezes em condições adversas, é necessário ser adaptável e flexível.
  • Comunicação Escrita e Verbal: É fundamental expressar ideias de forma clara tanto na escrita, para elaboração de relatórios e artigos científicos, quanto na fala, para apresentações e comunicações em diferentes contextos.
  • Habilidades Interpessoais e Empatia: Entender e interagir com pessoas de culturas diferentes é um aspecto central da antropologia, requerendo empatia e excelentes habilidades interpessoais.
  • Competências Linguísticas: O conhecimento de línguas estrangeiras, em particular as faladas nas áreas de estudo, pode ser muito valioso para o trabalho de campo e análise antropológica.
  • Conhecimento em Tecnologia: Nos dias de hoje, as competências tecnológicas são cada vez mais importantes, incluindo o uso de softwares específicos para análise de dados qualitativos e quantitativos.
  • Capacidade de Trabalhar em Equipe: Muitos projetos antropológicos envolvem o trabalho em equipe, requerendo a capacidade de colaborar eficazmente com outros profissionais e com a comunidade estudada.
  • Entendimento Ético: Uma compreensão profunda das questões éticas envolvidas na pesquisa antropológica é crucial, especialmente ao trabalhar com comunidades vulneráveis.
  • Pensamento Crítico: É essencial questionar constantemente as próprias premissas e as dos demais, evitando a imposição de bias pessoais no entendimento de outras culturas.
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Estas habilidades permitem ao antropólogo não só realizar trabalhos de campo e contribuir para o avanço da ciência mas também aplicar o conhecimento adquirido em setores como o desenvolvimento social, políticas públicas, educação, saúde, entre outros. Em Portugal, um país com uma rica diversidade cultural e um crescente interesse na sua preservação e estudo, estas habilidades são particularmente valiosas.

¿Qual é a média salarial nesse campo?

A média salarial de um antropólogo em Portugal pode variar significativamente dependendo de vários fatores, como a experiência profissional, o setor de emprego, a região do país em que trabalha, e o nível de educação ou especialização.

No entanto, segundo dados disponíveis e pesquisas no setor, eis uma visão geral da média salarial para a profissão de antropólogo em Portugal:

  • Profissionais iniciantes: Antropólogos que estão começando sua carreira, ou seja, recém-graduados ou com poucos anos de experiência, podem esperar um salário inicial que varia entre cerca de 1.000 a 1.200 euros brutos mensais.
  • Profissionais com experiência moderada: Antropólogos com alguma experiência, possivelmente entre 5 a 10 anos no campo, podem ver um aumento na média salarial, podendo variar entre cerca de 1.200 a 1.800 euros brutos mensais, dependendo do seu nível de responsabilidade e do campo específico de aplicação da antropologia.
  • Antropólogos sêniores: Com uma carreira estabelecida e experiência significativa, que pode abranger mais de 10 anos, esses profissionais têm maior potencial para salários mais elevados, que podem ultrapassar os 2.000 euros brutos mensais, especialmente se ocuparem cargos de liderança, gestão de projetos ou pesquisa sênior.
  • Setor acadêmico: No setor acadêmico, um antropólogo que siga a carreira de docência e investigação pode ter uma variação salarial conforme a sua posição sendo assistente, professor auxiliar, associado ou catedrático, com progressões que refletem anos de serviço, produção científica e outras variáveis institucionais.
  • Trabalho independente: Antropólogos que optam por trabalhar como freelancers ou consultores também podem ter uma variação considerável no seu rendimento, que estará diretamente relacionado com a quantidade e o tipo de projetos ou serviços que realizarem.

É importante notar que estes valores são apenas estimativas e podem variar. Outro ponto a considerar é que muitas posições em antropologia, especialmente a pesquisa, podem ser financiadas por bolsas de estudo ou ser projetos de tempo determinado, o que também influencia a estabilidade e contínuidade dos rendimentos.

Além disso, a antropologia é uma profissão que muitas vezes não é remunerada ao nível de outras áreas técnicas mais tradicionais, já que o seu valor é em grande parte intelectual e cultural, com implicações sociais que podem ser difíceis de quantificar monetariamente. Por isso, a paixão pela disciplina e a vontade de contribuir para o entendimento humano e cultural são componentes chave para quem escolhe esta carreira.

Que tipo de formação ou educação é necessária para ingressar nessa carreira?

Para tornar-se um antropólogo em Portugal, é fundamental percorrer um percurso educacional específico e acumular experiência na área. Abaixo, encontra-se uma lista de passos e requisitos educacionais que são, geralmente, considerados essenciais para ingressar nesta profissão:

  • Ensino Secundário: A base para a formação superior começa com um bom desempenho no ensino secundário. As disciplinas de História, Geografia e Línguas são particularmente relevantes para quem deseja seguir a carreira de antropólogo.
  • Licenciatura em Antropologia: O primeiro passo no ensino superior para ser antropólogo é realizar uma licenciatura em Antropologia. Esta formação costuma oferecer uma visão ampla da antropologia física e cultural, teorias antropológicas e métodos de pesquisa.
  • Mestrado em Antropologia: Embora nem sempre seja obrigatório, um mestrado na área pode abrir mais portas profissionais e permitir uma especialização em um ramo específico da Antropologia, como a Antropologia Social, Biológica, Cultural, entre outras.
  • Doutoramento em Antropologia: Para aqueles que desejam seguir uma carreira acadêmica ou de investigação, um doutoramento é fundamental. A realização de uma tese de doutoramento permite desenvolver um trabalho aprofundado e original na área escolhida.
  • Experiência Prática e de Campo: A formação prática é crucial. Muitos cursos de Antropologia incluem trabalho de campo ou estágios que fornecem experiência prática indispensável para a compreensão das práticas antropológicas.
  • Conhecimento de Idiomas: O estudo antropológico muitas vezes implica trabalho em diferentes países ou com comunidades que falam outras línguas. Portanto, o conhecimento de idiomas é muito importante para um antropólogo.
  • Formação Contínua: O aprendizado contínuo através de cursos, seminários e workshops é importante para se manter atualizado com os avanços teóricos e metodológicos da disciplina.
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Além da formação acadêmica, os antropólogos devem possuir determinadas habilidades interpessoais, como empatia para compreender a cultura e os costumes de outros povos, capacidade analítica para interpretar dados e encontrar padrões culturais, e habilidades de comunicação para partilhar as suas descobertas com a comunidade científica e com o público em geral.

Quais são os principais desafios enfrentados por profissionais nesse setor?

Os antropólogos em Portugal enfrentam uma gama de desafios distintos que se relacionam tanto com a especificidade do campo de estudo em si quanto com as condições do mercado de trabalho e as expectativas sociopolíticas. Entre os desafios mais significativos, destacamos:

  • Precariedade Laboral: A profissão de antropólogo em Portugal, como em muitos outros contextos, pode ser marcada por uma certa instabilidade no emprego. Contratos temporários, projetos com horizontes temporais limitados e a luta por financiamento são aspectos recorrentes que impõem incerteza na carreira dos profissionais desta área.
  • Concorrência Acadêmica: Dada a natureza acadêmica da antropologia, os profissionais muitas vezes competem por um número limitado de posições em universidades e instituições de pesquisa. Esta competição pode se intensificar com a crescente necessidade de publicações de alto impacto e a busca constante por financiamento de pesquisa.
  • Visibilidade e Reconhecimento Social: A antropologia é uma disciplina que nem sempre é bem compreendida pelo grande público e até por outros setores profissionais. A conquista de reconhecimento e a demonstração da relevância dos estudos antropológicos para a sociedade em geral é uma tarefa permanente para os profissionais da área.
  • Aplicabilidade Prática: Embora a antropologia ofereça ferramentas poderosas para a compreensão das sociedades humanas, os antropólogos podem enfrentar o desafio de traduzir conhecimentos teóricos em práticas aplicáveis em contextos não-acadêmicos, como no desenvolvimento de políticas públicas, na consultoria para empresas ou em organizações não governamentais.
  • Interdisciplinaridade: Trabalhar de forma eficaz em equipas multidisciplinares requer não apenas conhecimento especializado, mas também habilidades de comunicação e colaboração. Os antropólogos frequentemente colaboram com profissionais de diferentes áreas, o que implica desafios em termos de linguagem disciplinar e de integração metodológica.
  • Adaptação Tecnológica: A antropologia digital e os novos meios de coleta e análise de dados representam um campo em expansão e um desafio para os antropólogos que necessitam se manter atualizados com as tecnologias emergentes e as novas formas de comunicação e interação social mediadas por dispositivos digitais.

Estes desafios refletem a complexidade e a evolução constante da profissão de antropólogo em Portugal, exigindo dos profissionais adaptabilidade, criatividade e um compromisso contínuo com o desenvolvimento de suas habilidades e conhecimentos.

Quais são as diferentes especializações ou áreas de atuação dentro dessa profissão?

Antropologia Cultural: Esta é talvez a área mais conhecida da antropologia. Profissionais desta especialização estudam as diversas culturas ao redor do mundo e o que as caracteriza, incluindo tradições, rituais, crenças, linguagens e interações sociais.

Antropologia Social: Semelhante à antropologia cultural, esta área foca na análise das estruturas sociais dentro de comunidades e sociedades. Os antropólogos sociais podem se concentrar em qualquer aspecto da vida social, desde organizações políticas até relações de parentesco.

Antropologia Física ou Biológica: Os especialistas neste campo examinam a evolução e variação biológica dos seres humanos. Interessam-se pela genética humana, pelos restos fósseis, pela biologia do crescimento e desenvolvimento, e por como o ambiente influencia a saúde e a doença.

Arqueologia: Esta especialização envolve o estudo de culturas passadas através de artefatos, estruturas e outros vestígios deixados para trás. Em Portugal, arqueólogos podem trabalhar em locais ricos em história, desde o período pré-histórico ao moderno.

Etnologia e Etnografia: Estes ramos tratam, respetivamente, do estudo comparativo das culturas e da descrição detalhada de culturas específicas, frequentemente baseadas no trabalho de campo etnográfico intensivo.

Linguística Antropológica: Os antropólogos linguísticos estudam a língua e a sua relação com a cultura. Em Portugal, pode incluir o estudo de variações dialetais, línguas ameaçadas e formas não verbais de comunicação.

Antropologia Aplicada: Esta área prática utiliza os métodos e teorias da antropologia para resolver problemas sociais. Em Portugal, isso pode envolver trabalho com migração, saúde, educação ou desenvolvimento rural.

Antropologia Forense: Altamente especializada, esta área aplica conhecimentos antropológicos para ajudar na investigação de crimes, especialmente na identificação de restos humanos.

Antropologia do Desenvolvimento: Foca-se no impacto e na gestão de projetos de desenvolvimento, especialmente aqueles que afetam as populações locais e as suas culturas.

Antropologia Urbana: O estudo de culturas e sociedades em contextos urbanos, cada vez mais relevantes com o aumento da urbanização global. Em Portugal, pode incluir o estudo de bairros históricos, gentrificação e segregação urbana.

Estas diferentes especializações interagem e se sobrepõem em muitos aspectos, fornecendo uma visão holística e interdisciplinar dos assuntos humanos. A formação em antropologia em Portugal prepara profissionais para compreenderem a complexidade das sociedades humanas e contribuir para os mais diversos campos, desde a preservação cultural até ao planeamento urbano e políticas públicas.

Como é o ambiente de trabalho típico para essa carreira?

O ambiente de trabalho de um antropólogo em Portugal pode ser extremamente variado, dependendo do campo de especialização e do contexto do projeto ou da instituição em que trabalha. De um modo geral, a carreira de antropólogo pode dividir-se entre trabalho de campo, análise em escritório e, em alguns casos, docência ou investigação académica.

Trabalho de Campo: Este constitui muitas vezes a parte mais reconhecida do trabalho do antropólogo. Inclui viagens, muitas vezes para locais remotos ou com culturas muito diferentes da portuguesa, onde o antropólogo observa, interage e recolhe dados sobre comunidades e práticas. Esta componente do trabalho pode exigir uma boa capacidade de adaptação e flexibilidade, além de habilidades socioculturais.

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Análise e Escrita: Depois do trabalho de campo, segue-se muitas vezes um período de análise intensiva, onde o antropólogo organiza e interpreta os dados coletados. Este estágio do trabalho é normalmente realizado em escritórios ou bibliotecas e envolve a redação de relatórios, artigos ou livros.

Ensino e Investigação Académica: Muitos antropólogos trabalham em instituições de ensino superior, combinando a investigação com a docência. Os ambientes académicos podem incluir aulas, seminários, conferências e orientação de estudantes. A investigação académica pode ser realizada em parceria com universidades ou centros de investigação.

Consultoria: Antropólogos são também, cada vez mais, contratados por empresas e organizações não-governamentais como consultores para fornecer insights sobre questões culturais, que podem influenciar, por exemplo, as estratégias de marketing, desenvolvimento de produtos ou políticas de desenvolvimento internacional.

Museus e Património Cultural: Outro ambiente de trabalho típico é o sector cultural, onde antropólogos podem trabalhar na curadoria, conservação e investigação de património material e imaterial em museus ou instituições relacionadas com a cultura.

Administração Pública e ONGs: No setor público ou em ONGs, podem trabalhar em projetos de desenvolvimento social, educação, saúde, direitos humanos, entre outros, onde o conhecimento antropológico sobre dinâmicas sociais e culturais é valorizado.

A natureza desta profissão permite, portanto, uma grande diversidade de ambientes de trabalho, desde o académico ao prático, passando por contextos urbanos e rurais, nacionais e internacionais, o que a torna uma carreira dinâmica e adaptável aos interesses e especializações de cada profissional.

Que conselhos você daria para alguém que está considerando seguir essa profissão?

Para alguém que está ponderando entrar no campo da Antropologia em Portugal, existem várias recomendações que poderiam servir de orientação para tomar uma decisão informada e preparar-se para o sucesso na profissão.

Aqui estão alguns conselhos essenciais para futuros antropólogos:

  • Investigue as diferentes áreas da Antropologia: A antropologia é uma ciência abrangente que inclui diversas subdisciplinas, como antropologia cultural, social, física ou biológica, arqueologia, linguística, entre outras. Compreender as especificidades e oportunidades em cada uma delas pode ajudar a direcionar seus interesses e escolhas académicas.
  • Adquira uma formação académica sólida: Ingressar num curso de licenciatura em Antropologia é essencial para adquirir os conhecimentos teóricos e metodológicos fundamentais. Muitas vezes, seguir por um mestrado ou doutoramento pode ser importante para a especialização e melhoria de perspectivas profissionais.
  • Desenvolva competências de investigação: A capacidade de realizar pesquisas de qualidade é central na antropologia. Aprender a desenhar estudos, gerir dados e aplicar métodos qualitativos e quantitativos é crucial.
  • Obtenha experiência prática: A experiência no terreno é vital para um antropólogo. Procurar oportunidades de trabalho de campo, estágios ou voluntariado em projetos de pesquisa, museus, instituições académicas ou ONGs pode proporcionar uma experiência valiosa e insights sobre a prática profissional.
  • Cultive competências linguísticas: A antropologia muitas vezes implica trabalho em contextos multiculturais. Ter habilidades em línguas estrangeiras, principalmente aquelas pertinentes à área geográfica de seu interesse, pode ser extremamente benéfico.
  • Desenvolva uma rede de contatos profissionais: Estabelecer conexões com professores, colegas e profissionais da área pode abrir portas para projetos colaborativos e oportunidades de emprego.
  • Mantenha-se atualizado: A antropologia é uma disciplina dinâmica. Manter-se atualizado com as últimas pesquisas, teorias e tendências do campo é fundamental para ser um profissional relevante e inovador.
  • Seja flexível e adaptável: A carreira de antropólogo pode levar a trabalhos em diversos ambientes, desde académicos até corporativos ou do sector público. Ser capaz de adaptar seus conhecimentos e habilidades a diferentes contextos é uma grande vantagem.
  • Reflexão ética: A prática antropológica exige uma continua reflexão ética sobre o seu trabalho, especialmente ao lidar com comunidades e culturas diferentes da sua. É importante estar ciente e respeitar os códigos de ética profissional.

Seguindo estes conselhos, um indivíduo interessado em seguir a profissão de antropólogo em Portugal terá uma base sólida sobre a qual construir uma carreira enriquecedora e impactante, tanto a nível pessoal como para as comunidades com as quais trabalhar.

Perspectivas e Ofertas de emprego na área de Antropólogo

A antropologia é uma ciência social que se dedica ao estudo do ser humano e das suas culturas, práticas e interações sociais ao longo do tempo e no presente. Em Portugal, a profissão de antropólogo pode abranger várias vertentes e oferecer perspectivas variadas dependendo da especialização e do contexto de trabalho.

  • Educação e Investigação: Uma das principais saídas profissionais para os antropólogos em Portugal é a educação e investigação académica. Universidades e centros de investigação podem empregar antropólogos como professores, investigadores ou colaboradores em projetos de investigação. As perspectivas neste campo dependem em grande parte do nível de qualificação (mestrado ou doutoramento) e da experiência de pesquisa do indivíduo.
  • Organizações Governamentais e ONGs: Antropólogos podem encontrar oportunidades de trabalho em organizações governamentais, como institutos de património cultural, e em Organizações Não Governamentais (ONGs), particularmente aquelas focadas em desenvolvimento comunitário, integração de migrantes, direitos humanos e advocacy cultural. Nestes campos, a capacidade de compreender e articular questões culturais é altamente valorizada.
  • Sector Privado: No sector privado, empresas de consultoria e corporações multinacionais podem recrutar antropólogos para realizar estudos de mercado ou para melhorar a interação com consumidores de diferentes background culturais.
  • Museus e Património: Emprego em museus, sítios arqueológicos e projetos de património cultural são também possíveis saídas profissionais. Nestes casos, o foco está na gestão, conservação e divulgação de património cultural e histórico.
  • Media e Jornalismo: Com um conhecimento aprofundado da sociedade e da cultura, alguns antropólogos também se orientam para a comunicação social, contribuindo com perspectivas analíticas sobre temas culturais e sociais.

Apesar das várias oportunidades, é importante destacar que o campo da antropologia é competitivo e, muitas vezes, as posições são limitadas e requerem qualificações adicionais ou experiência significativa. A profissão exige uma constante atualização de conhecimentos e habilidades, bem como uma boa rede de contatos profissionais, que podem ser elementos cruciais para a progressão de carreira.

Para se manterem competitivos, antropólogos em Portugal devem também procurar complementar a sua formação com habilidades práticas, como fluência em vários idiomas, competências digitais e experiência em metodologias qualitativas e quantitativas aplicadas à investigação social.

A antropologia é uma profissão com um leque abrangente de perspectivas de emprego em Portugal, mas exige uma abordagem flexível e um compromisso com o desenvolvimento profissional contínuo.